Um farmacêutico do Centro Médico de Aurora, em Grafton, Wisconsin, EUA, foi despedido e detido quando se descobriu que tinha retirado do frigorífico 57 frascos da vacina da Moderna, cada um contendo 10 doses. No total, 570 doses ficaram fora do frio tempo suficiente para tirar a eficácia à vacina.
Na altura, nem o hospital nem as autoridades avançaram qualquer motivo para a sabotagem, mas não tiveram dúvidas de que se tratava de um ato propositado. Em comunicado, a polícia de Grafton garantiu que o funcionário “sabia que as vacinas seriam inúteis e que quem as recebeu pensaria que estava vacinada contra o vírus quando, na realidade, não estava”.
Inicialmente, o funcionário detido argumentou que se tinha tratado de um erro inadvertido, mas acabou por confessar que o tinha feito deliberadamente. Agora sabe-se que Steven Brandenburg dizia a quem o quisesse ouvir que a vacina faria mal a quem tomasse, provocando infertilidade, além de servir para implantar microchips.
Segundo o The Washington Post, que cita autoridades federais, as convições de Brandenburg contra a Ciência não se ficam pelas vacinas contra a Covid-19 – o farmacêutico também acredita que a Terra é plana e que o céu não é real.
Estas posições foram reveladas em tribunal na sequência de buscas ao seu telefone e computador pelo FBI e corroboram a teoria da colega Sara Sticker, que descobriu as doses da vacina da Moderna fora do frigorífico. “Brandenburg estava muito envolvido em teorias da conspiração”, disse Sticker à polícia, de acordo os documentos do caso que chegaram a tribunal. Por exemplo, tem mensagens de telemóvel de Brandenburg a dizer que que o céu é, na realidade, um escudo erguido pelo governo para impedir as pessoas de ver Deus”.
O julgamento está marcado para dia 9 de fevereiro.