A fortaleza de pedra basáltica foi descoberta perto do colonato judaico de Hispin, na zona dos Golã sírios ocupada por Israel desde 1967, quando se faziam escavações para a construção de uma nova área residencial.
Segundo Barak Tzin, que dirigiu as escavações para a Autoridade Israelita das Antiguidades, a estrutura, uma parte da qual foi apresentada hoje à imprensa, estende-se por cerca de 1.000 metros quadrados.
No local, os arqueólogos encontraram também uma pedra esculpida com figuras chifrudas de braços estendidos e a estatueta de uma mulher com um instrumento musical que parece um tambor.
Estes são semelhantes a artefactos encontrados num outro sítio arqueológico, o de Betsaida, “ligada à capital do reino de Gesur”, estabelecido perto do lago Tiberíades, no que são hoje os montes Golã, no tempo do rei David, personagem bíblica considerada um dos fundadores do antigo Estado israelita.
Trata-se da “primeira” fortaleza deste período descoberta nos montes Golã, segundo a Autoridade Israelita das Antiguidades, e uma “nova peça do puzzle” que permitirá decifrar as relações entre o reino de David e os seus aliados de Gesur.
“Estamos apenas a começar a descobrir os Golã”, disse Tzin no local, adiantando que investigações futuras poderão permitir uma representação das fronteiras do reino de Gesur.
“Pensamos que se estendia até à Síria”, adiantou.
As descobertas arqueológicas são uma questão sensível em Israel e nos territórios ocupados, sendo por vezes utilizadas por associações ou partidos para apoiar as suas reivindicações sobre lugares de memória ou terras disputadas.
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