O misterioso artista britânico já por várias vezes expressara a sua indignação pela forma como a Europa tem lidado com a crise dos migrantes. Mestre na arte de rua, de quem pouco se conhece além da sua obra, as suas ações têm repercussão a nível mundial.
Foi assim quando denunciou a dura operação policial na chamada Selva de Calais, o conhecido campo de refugiados às portas do canal da mancha. Tal como quando desenhou Steve Jobs, esse mesmo, o cofundador da Apple e filho de migrantes sírios, num campo de refugiados. Ou ainda daquela vez em que se inspirou-se no cartaz do musical Os Miseráveis e apresentou uma jovem de lágrimas nos olhos, com uma lata de gás lacrimogéneo caída em baixo.
Agora, fez questão de associar o seu nome e imagem aos navios de resgate de pessoas que operam no Mediterrâneo. Mais propriamente ao navio agora batizado como Louise Michel, em homenagem a uma anarquista francesa do século XIX. E que partiu dia 18 de agosto do porto espanhol de Borriana, perto de Valência, com as suas novas cores.
Em rosa e branco, o graffiti retrata uma criança de colete salva-vidas, a segurar uma boia em forma de coração. Segundo conta o The Guardian, Banksy contactou a capitã do navio há cerca de um ano – e ao início Pia Klemp, a jovem ativista de direitos humanos alemã conhecida por ter conduzido vários outros navios de resgate, nem queria acreditar.