Casas debaixo de água, carros virados e linhas de energia derrubadas. O Dorian chegou às Bahamas no fim de semana e a destruição não se fez esperar – este foi o mais intenso dos furacões registados este ano, tendo atingido o pico da escala Saffir-Simpson (que chega a 5) neste domingo, pouco antes de alcançar as ilhas Ábaco, no nordeste do arquipélago. Depois, e apesar de ter tocado o chão, a intensidade do furação continuou a subir. A força dos ventos, de acordo com o Centro Nacional dos Furações dos EUA bateu nos 297 quilómetros por hora.
As Bahamas, um país insular situado nas Caraíbas, constituído por mais de 700 ilhas, cayos e ilhéus, terão sido o local do primeiro desembarque de Cristóvão Colombo no Novo Mundo em 1492. Quase despovoadas entre 1513 e 1648, tornaram-se uma colónia da coroa britânica em 1718, quando os ingleses apertaram o cerco à pirataria. Atualmente, as Bahamas são um dos países mais ricos da América, depois dos EUA e do Canadá, relativamente ao PIB per capita – e um dos principais destinos turísticos mundiais.
Nada que as tivesse protegido contra os impropérios do clima. As imagens aéreas de Ábaco, a zona mais afetada, não deixam margem para dúvidas: cercados por água, há edifícios sem teto, barcos e carros capotados e árvores derrubadas. Os números oficiais falam já em 20 mortos. Além disso, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas avançou já que há cerca de 70 mil pessoas a precisar de ajuda.
O Dorian dirige-se agora para a costa leste americana e o país está em alerta máximo, tendo já procedido à evacuação de dezenas de escolas na Florida e na Carolina do Sul.