O Ártico está a arder como nunca antes se viu. É o que provam as imagens divulgadas por Pierre Markuse, um especialista em fotografia de satélite, e o que afirma a Organização Meteorológica Mundial em comunicado. Tanto a Gronelândia, como o Alaska e a Sibéria, não escaparam às consequências de um dos inícios de verão mais quentes da História.
A Organização Meteorológica Mundial explicou que se trata de um desastre “sem precedentes” e que o impacto da emissão de CO2 está a contribuir em larga escala para o agravamento da crise climática do planeta.
“Só em junho, os incêndios emitiram 50 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera, o que equivale às emissões anuais totais da Suécia. Isso é mais do que foi lançado pelos incêndios do Ártico no mesmo mês nos anos entre 2010 e 2018 juntos” lê-se no comunicado.
Esta segunda-feira, um especialista em meteorologia, publicou no Twitter alguns gráficos que representam a magnitude das emissões de CO2 libertadas por estes incêndios. O cientista afirma que, entre 1 de junho e 21 de julho de 2019, foram libertadas cerca de 100 megatoneladas, valor que se aproxima de todas as emissões de CO2 provenientes de combustíveis fósseis no ano 2017 da Bélgica.
O comunicado da organização mundial esclarece ainda que “apesar de os incêndios serem comuns no hemisfério norte entre maio e outubro, a latitude e intensidade destes incêndios, bem como o tempo que estão ativos, tem sido particularmente incomum”.