Se o Pentágono fosse um país, ficaria em 55º na lista dos que mais contribuem com a emissão de gases com efeito de estufa, à frente de Portugal, que em 2017 ficou em 57º no ranking do Global Carbon Atlas, e da Suécia, por exemplo, que ficou em 65º. Nesse ano, segundo o primeiro estudo a fazer esta análise, publicado esta semana pela Universidade Brown, as operações das forças armadas dos EUA, a cargo do Pentágono, emitiram um total de 59 milhões de toneladas dióxido de carbono e de outros gases com efeito de estufa.
Em todos os anos analisados, as emissões do Pentágono “foram mais elevadas do que as de muitos países mais pequenos”, conclui o estudo, da autoria de Neta Crawford.
Segundo a cientista política da Universidade de Boston, o uso e deslocação de tropas e armas representou cerca de 70% do total de consumo de energia, sobretudo combustível.
Um relatório do Pentágono, de janeiro deste ano, referia-se às alterações climáticas como “uma questão de segurança nacional” e, segundo Crawford, desde 2009 que o consumo de combustível relativo às operações militares diminuiu significativamente. Mas ainda há muito a fazer nesse aspeto, sublinha a investigadora, que sugere o fim de missões como a do Golfo Pérsico que visa proteger o acesso ao petróleo.
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