Durante uma visita oficial a Angola, em setembro passado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi alcunhado de “Ti Celito” nas redes socais. As centenas de selfies e o mergulho nas águas de Luanda valeram-lhe o epíteto carinhoso.
Já os agentes da segurança do Presidente utilizam o “alpha echo” (siglas, em alfabeto NATO, para “alta entidade”) para se referirem, entre eles, a Marcelo Rebelo de Sousa.
Não consta que, frente-a-frente, alguém o tenha chamado por um qualquer diminutivo, mas o recordista de Belém em “selfies” e abraços e “afetos” até já pode ter sido mimoseado por alguma alcunha carinhosa.
Já o que aconteceu com o presidente francês Emmanuel Macron não foi, digamos, carinhoso, mas um “tu-cá-tu-lá” por parte de um adolescente, a que o chefe de Estado não achou grande piada, tendo posto imediatamente o rapaz na ordem.
O caso aconteceu ontem, durante o 78.º aniversário do início da Resistência Francesa durante a ocupação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, quando Macron cumprimentava a multidão. Um rapaz vira-se e diz: “Como estás, Manu?” [diminutivo de Macron]. O presidente francês parou imediatamente a marcha e respondeu-lhe, tocando-o no braço em forma de “estás a perceber?”: “A mim chamas-me senhor presidente da República ou senhor. Estás numa cerimónia oficial e, por isso, comportas-te como deve ser. Podes comportar-te como imbecil, mas hoje é dia de cantar A Marselhesa e O Canto dos Partisans (hino da resistência francesa).” E ainda acrescentou: “Há que fazer as coisas como deve ser. No dia em que quiseres fazer uma revolução aprende primeiro a ter um diploma, a sustentar-te a ti mesmo, de acordo? Então poderás dar lições aos outros”. O adolescente, em tom mais formal, respondeu: “Sim, senhor presidente.”