Depois de vários relatos a dar conta da retirada de crianças às famílias que chegam ilegalmente à fronteira com o México, a primeira-dama americana, Melania Trump, quebrou o silêncio através de um comunicado.
Melania disse que “não gosta de ver” crianças a serem separadas dos pais. “Temos de ser um país que cumpre todas todas as leis”, mas também um “que governe com o coração”. A primeira-dama não se referiu diretamente ao marido, o presidente Donald Trump, mas disse esperar “que os “dois lados possam trabalhar em conjunto para encontrar uma reforma de sucesso da política de imigração”.
Desde 19 de abril, altura em que entrou em vigor a medida de “tolerância zero”, e até fim de maio, cerca de duas mil crianças foram retiradas dos pais na fronteira.
Na comunicação social são reportados casos extremos, como o do Texas, onde há crianças metidas em jaulas.
Apesar de vários republicanos se terem já manifestado contra a “tolerância zero” à imigração ilegal – o senador Lindsey Graham referiu que o presidente “podia acabar com isto só com um telefonema” – Donald Trump usou o seu meio de comunicação “oficial”, o Twitter, para dizer que a culpa é dos democratas e que “podem emendar a separação forçada das famílias na fronteira que fizeram, trabalhando, para variar, com os republicanos numa nova legislação”.
A ex-primeira-dama Laura Bush também se juntou ao coro de críticas através de um artigo publicado no Whashington Post em que apelida de “cruel” e “imoral” a política de “tolerância zero” e põe as culpas em Donald Trump.
Há quem veja nestes acontecimentos uma forma de aviso para os imigrantes: quem cruzar a fronteira com crianças fica sem elas.