A 870 quilómetros de Oymyakon, aquela que é considerada a cidade mais fria do mundo, os termómetros da comunidade russa de Omolon registaram no início desta semana a temperatura mais elevada do mês de janeiro e um recorde histórico: 3 graus positivos. Ora como há duas semanas estavam 31 graus negativos, é fazer as contas… Em duas semanas, houve um aumento de quase 35 graus.
A temperatura média para esta época do ano é de 32 graus celsius negativos, segundo dados da Meteo France.
O aumento ocorre poucos dias depois do frio intenso que atingiu a Sibéria. De acordo com o The Siberian Times, um termómetro partiu-se quando registou 62 graus negativos em Oymyakon. Na cidade com cerca de 500 habitantes, as pestanas chegaram a congelar, como foi o caso da utilizadora do Instagram Anastasia Gruzdeva, protagonista de uma imagem que se tornou viral.
Na origem desta oscilação está uma frente de alta pressão que está a varrer o ar quente para o extremo leste da Rússia até o norte, no Ártico, levando ao aumento da temperatura para valores “fora do normal”, como escreveu o meteorologista do Weather.us, Ryan Maue no Twitter.
O calor incomum pode vir a afetar o Canadá e o norte dos Estados Unidos. De acordo com simulações feitas no computador, a alta pressão está a dar início a uma corrente de ventos que pode diminuir ainda mais a temperatura nestes lugares.