“Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal” – este é o slogan do MPLA, título do manifesto eleitoral com o qual concorre às eleições gerais de 23 de agosto, que determinarão quem vai ser o próximo Presidente da República de Angola.
A frase é toda uma carga de trabalhos digna de Hércules (ou de Aquiles?), mas antes do programa estão as eleições e, sendo certo que o MPLA surge nas sondagens à frente dos partidos da oposição, crescem os temores, dentro do partido, sobre os resultados eleitorais. Conseguirá o seu candidato presidencial, João Lourenço, uma votação à altura do antecessor José Eduardo dos Santos? Ou agora, sem o seu líder histórico, o Movimento Popular de Libertação de Angola corre o risco de sofrer uma humilhação nas urnas?
O jornalista Rafael Marques de Morais escreve num artigo que uma sondagem encomendada pela Presidência da República dá a vitória ao MPLA com 38% das intenções de voto; mas os dois partidos da oposição, juntos, conseguem melhor, com a UNITA, de Isaías Samakuva, a obter 32% e a CASA-CE (a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral), de Abel Chivukuvuku, 26 por cento. A existência desta sondagem foi entretanto desmentida.
Outros estudos de opinião que têm surgido nas notícias, como o do Instituto Superior Politécnico Jean Piaget de Benguela, apontam para uma maioria absoluta do MPLA, com mais de 60% dos votos, mas com a surpresa de a CASA-CE ultrapassar a UNITA, “roubando-lhe” o segundo lugar. Nas últimas eleições, em 2012, o MPLA arrecadou 72% dos votos; a UNITA 19%; e a CASA-CE ficou-se pelos 6 por cento.