No último ano e meio, não têm faltado teorias para explicar o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Mas um alerta da autoridade norte-americana para a aviação, na semana passada, fez um especialista lembrar-se de mais uma hipótese
O voo MH370 que desapareceu sem deixar rasto no dia 8 de março de 2014, com 239 pessoas a bordo, pode ter explodido em pleno voo devido à quantidade de baterias de lítio a bordo.
Na semana passada, responsáveis da Administração Federal para a Aviação norte-americana alertaram para “o risco urgente e imediato” colocado pelo transporte de baterias de lítio, como as usadas em telemóveis e computadores portáteis, em voos comerciais. Segundo a Associated Press, o risco é o de “explosões e incêndios capazes de destruir um avião”.
Em julho, a Boeing já tinha avisado as companhias aéreas de que transportar grandes carregamentos de baterias representava “riscos inaceitáveis de incêncio”.
Segundo o especialista Clive Irving, ouvido pelo The Daily Beast, o voo MH370 tinha a bordo quase 200 quilos de baterias de lítio. Irving acredita que as baterias podem ter provocado um incêndio de proporções grandes demais para poder ser contido, gerando um fumo altamente tóxico.
Neste caso, a perda de comunicação do voo poderia justificar-se pela proximidade das baterias a bordo ao sistema eletrónico central do aparelho, que seria, assim, afetado, antes dos motores.