Vester Lee Flanagan conhecia a repórter Alison Parker e o repórter de imagem Adam Ward. Entre 2012 e 2013 trabalhou na mesma estação, a WDBJ, mas foi despedido. Teve de ser acompanhado por seguranças para fora do edifício.
No Twitter, Flanagan descreveu conflitos com as suas duas vítimas. Garante que Alison Parker fez comentários racistas, assim como outros colegas. Segundo Dan Dennison, na altura o diretor de informação do canal, as alegações de discriminação foram investigadas mas não foram “encontradas provas de que alguém tenha discriminado racialmente este homem”.
O atirador foi despedido pelo menos duas vezes de pequenas estações televisivas. Segundo a Associated Press, é descrito por colegas como alguém sempre à procura de conflitos e de razões para se ofender.
No fax de 23 páginas que enviou à ABC, três horas depois de matar os dois ex-colegas, que filmou e partilhou nas redes sociais, Flanagan intitula-se um homem negro e gay, maltratado por pessoas de todas as raças, e descreve-se como “um barril de pólvora humano”, “à espera de fazer BOOM”. Conta que comprou a arma dois dias depois de nove pessoas de raça negra terem sido mortas numa igreja em Charleston, a 17 de junho.
Milhões de norte-americanos assistiram em direto, por volta das 6h45 (11h45 em Lisboa) à morte de Alison Parker, 24 anos, e Adam Ward, de 27. Depois de disparar 15 tiros, Flanagan, que usava o nome Bryce Williams na televisão, fugiu do local, mas seria intercetado numa autoestrada, a a centenas de quilómetros de distância, antes de se suicidar.