“Tenho muito medo que haja quem atente contra a vida do papa Francisco, que é anticapitalista, anti-imperialista. É por isso que ele nos pede: ‘rezem por mim’. Compreendo-o perfeitamente”, declarou Morales, primeiro Presidente ameríndio da Bolívia e figura da esquerda latino-americana, durante uma cerimónia oficial.
“Nós, que acreditamos nas orações, devemos pensar em assumir a defesa do papa Francisco, que se enfrenta diretamente ao capitalismo, porque a origem da pobreza é o capitalismo, é o imperialismo”, acrescentou.
Durante a sua visita à Bolívia, entre 8 e 10 de julho, o carismático papa argentino, que é o primeiro papa jesuíta e latino-americano da história, divulgou uma mensagem de justiça social e criticou a pobreza, as desigualdades e a injustiça social.
O papa disse designadamente que “as coisas não vão bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade” e apelou a “uma mudança real, uma mudança estrutural”.