“A nível europeu, estimamos que entre 5.000 a 6.000 indivíduos fugiram para a Síria”, disse hoje, em entrevista ao Le Figaro, a comissária europeia da Justiça, Vera Jourová, acrescentando que o número pode ser superior devido à dificuldade em detetar os combatentes estrangeiros no conflito.
“Na altura dos ataques em Paris e Copenhaga, decidimos não nos deixar guiar pelo medo”, disse, referindo-se aos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e a um centro cultural na Dinamarca.
Vera Jourová disse que a União Europeia (UE) preferiu promover a prevenção como forma de conter o êxodo constante de cidadãos europeus, analisando as razões pelas quais estes se juntavam a grupos `jihadistas`, além de motivos religiosos.
A pesquisa britânica identificou “o desejo de aventura, tédio, insatisfação com a sua vida e falta de perspetivas”, em todos os que optaram por abandonar as suas famílias e ir para a Síria, afirmou a comissária.
Outra ação da UE foi acelerar a troca de informação entre as forças da polícia e os tribunais dos estados membros, com mais partilha de dados pelos serviços secretos.
Mais de 215 mil pessoas foram mortas no conflito iniciado há quatro anos na Síria e cada vez mais dominado por grupos `jihadistas`.