A informação foi avançada por um porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco) depois de, no último domingo, o sistema de alarme ter sido ativado, ao detetar taxas de radioatividade até 70 vezes acima dos valores registados habitualmente.
Durante a manhã, os responsáveis pela central nuclear de Fukushima depararam-se com uma possível fuga de água altamente radioativa para o mar, através de um canal de drenagem.
Foi feita recentemente uma inspeção aos gigantes reservatórios de água contaminada. No entanto, não foi detetada nenhuma anomalia. Mas a verdade é que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) já se tinha pronunciado, na semana passada, sobre possíveis riscos em Fukushima.
A central nuclear japonesa tem sido alvo de inspeções regulares desde o acidente nuclear, em 2011.
Como medida de precaução a empresa suspendeu o sistema de processamento da água contaminada da central nuclear.
Juan Carlos Lentijo, diretor da equipa da AIEA, salientou que “progressos significativos foram registados e que a situação melhorou”. Mas, a quantidade de água contaminada acumulada e a complexidade das estruturas da central merecem especial atenção, disse.
A agência sugere que a Tepco crie um sistema que permita o escoamento da água conservada nos reservatórios para o mar, depois de serem eliminados todos os elementos radioativos. “É algo feito diariamente no mundo inteiro, na maior parte das centrais nucleares”, avançou a empresa que promete apostar num método muito contestado por organizações ambientais.