Uma semana depois dos atentados ocorridos em Paris, o Governo alemão toma uma medida que visa dificultar as viagens de islâmicos alemães para a Síria ou Iraque, onde podem, não só entrar nas fileiras do Estado Islâmico, como também radicalizarem-se.
Esta medida representa apenas mais um passo na luta contra o terrorismo, pois já era possível retirar os passaportes destes mesmos potenciais terroristas. Agora acrescentam-se os bilhetes de identidade que serão substituídos, durante um período de três anos, por um documento identificativo que não é reconhecido no estrangeiro. Assim evita-se que os radicais islâmicos cheguem à Síria ou ao Iraque através de países terceiros, como por exemplo o espaço Schengen ou a Turquia, onde os cidadãos europeus podem viajar sem passaporte. As autoridades calculam que desde 2012 cerca de 600 alemães saíram do país para se juntarem à jihad e calcula-se que vivam, em solo alemão, cerca de duas dezenas de islâmicos considerados perigosos.
Em comunicado, o Governo alemão, afirma que é necessário “evitar de forma eficaz e duradoura as viagens de pessoas que ponham em risco a segurança nacional e internacional”. Esta medida segue agora para o Bundestag (Parlamento da Alemanha) com vista à sua aprovação.