As autoridades australianas já identificaram o indivíduo responsável pelo sequestro de pelo menos 15 pessoas. O sequestrador dá pelo nome de Man Monis e já havia sido indiciado antes por ofensas às famílias dos soldados australianos mortos no Afeganistão. As ofensas foram enviadas em forma de carta e por email e comparava os soldados mortos a porcos.
Foi condenadoa a prestar serviço comunitário.
Para além deste incidente com as cartas, em 2013 Monis havia sido acusado de ter sido cúmplice na morte da ex-mulher. Já este ano, foi acusado por agressão sexual a uma jovem. Foi libertado sob fiança.
Man Monis nasceu no Iraque. Tem cerca de 50 anos de idade e está na Austrália desde 1996 como refugiado.
Acrescente-se ainda que a bandeira usada pelo sequestrador não é uma bandeira do Estado Islâmico, mas sim uma bandeira cuja inscrição é representativa de qualquer grupo ou país islâmico. A frase ali representada – ‘Não existe outro Deus senão Alá, e Muhammad é o seu mensageiro’ – não é hostil e faz parte do dia-a-dia dos muçulmanos, dos seus eventos e orações.
Quinze pessoas continuam sequestradas
Até ao momento cinco reféns conseguiram sair. A Polícia acredita que se encontrem mais 15 reféns dentro do estabelecimento, não havendo ainda certeza do número.
As indicações da operação, que dura há já quase 20 horas, têm sido conduzidas com relutância. As estações de televisão e restantes media têm indicação para não disponibilizarem imagens que possa colocar em risco o resgate dos reféns.
O contacto com o sequestrador já foi efetuado, tendo este pedido para falar com o Primeiro-Ministro australiano, Tony Abbott. Não há indicação de mais do que um sequestrador no local, embora a Polícia não exclua a hipótese de mais envolvidos.
Não se sabe ainda se se trata de um ataque terrorista, embora a bandeira do Estado Islâmico tenha sido colocada numa janela do café. O sequestrador alega motivações políticas para o ato.
Devido à ameaça crescente de ataques do Estado Islâmico, nos últimos meses a Polícia australiana tem-se preparado para situações semelhantes. Em setembro, o estado de alerta para actividades terroristas havia sido elevado para ‘elevado’.
Esta será a maior operação de segurança na cidade desde o ataque à bomba que em 1978 matou duas pessoas no Hotel Hilton.
Embora haja notícias não confirmadas de bombas espalhadas pela cidade, indicação dada pelo sequestrador a um dos reféns já libertados, a Polícia referiu que a situação está confinada a uma só área.
Os líderes muçulmanos na Austrália já condenaram o ato.
Também no resultado desta ação o dólar australiano, que já se encontrava sob pressão, sofreu uma quebra.