Yoshiki Sasai, de 52 anos, foi encontrado sem vida no Centro RIKEN de Biologia do Desenvolvimento de Kobe por um funcionário do Instituto de Investigação Riken, do Japão. O cientista deixou várias cartas cujo teor é desconhecido.
Em declarações aos jornalistas, um porta-voz da polícia japonesa falou do “enforcamento” do cientista de renome internacional, que “contribuiu enormemente para o campo da biologia do desenvolvimento”, segundo descreveu o porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga.
O porta-voz do Centro RIKEN de Biologia do Desenvolvimento de Kobe, Satoru Kagaya, que recentemente falou com o cientista, disse à imprensa que Yoshiki Sasai “parecia se sentir fatigado mesmo ao telefone” e que a sua saúde se deteriorou nos últimos meses.
O presidente do RIKEN, Ryoji Noyori, reagiu à morte “de um cientista insubstituível”, que integrava a equipa liderada pela cientista japonesa Haruko Obokata, daquele instituto que, em janeiro último, anunciou o mais recente e revolucionário estudo sobre células estaminais.
O estudo, publicado em janeiro em dois artigos na revista Nature, demonstrava um método muito simples para reprogramar células adultas (emergindo-as num ácido ou aplicando pressão nas suas membranas) e obter assim células-mãe com capacidade para se transformarem em qualquer tecido.
Mas, os resultados desencadearam enorme polémica junto da comunidade científica a e a revista Nature retirou ambos os artigos após a descoberta de “vários erros graves”, igualmente reconhecidos por Yoshiki Sasai que se retratou publicamente.