Às revelações, publicadas quarta-feira por vários sites e jornais, que ligavam familiares diretos dos dirigentes chineses a paraísos fiscais, a China reagiu com o bloqueio das edições digitais de todos os meios de comunicação que participaram na investigação e que incluem o El País, o Le Monde e o The Guardian, por exemplo.
Um trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou os nomes de 37 mil cidadãos chineses que têm ativos em paraísos fiscais, entre os quais pelo menos 13 familiares de altos dirigentes políticos de Pequim.
A censura de sites com notícias pouco favoráveis à China não é inédita. O regime já tinha bloqueado o The New York Times e a agência Bloomberg pelas suas investigações sobre as fortunas ocultas dos familiares da cúpula chinesa.
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, com sede na capital dos Estados Unidos, já publicou anteriormente informações sobe o uso de paraísos fiscais com base em mais de dois milhões de documentos de duas empresas de serviços financeiros das Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas.