O conservante, apesar de ser seguro e não tóxico, é agora utilizado em concentrações mais fortes tanto em cosméticos – champôs, hidratantes, gel de banho, maquilhagem, toalhitas para bebé -, como em produtos de limpeza.
Os dermatologistas acreditam que o aumento da concentração de MI faz aumentar e acentuar os casos de alergias – conhecidas como dermatite de contacto, um dos tipos mais conhecidos que produz comichões na pele deixando-a vermelha e irritada e por vezes com bolhas. Além disso, os especialistas garantem que o MI é, depois do níquel (outro elemento químico), aquele que causa mais alergias.
John McFadden, consultor dermatologista do Instituto de São João de Dermatologia em Londres, explica: ” Estamos no meio de um surto de alergia a um conservante que ainda não tinha sido visto, em termos de escala, na nossa vida”.
“A maioria dos nossos pacientes sofre de dermatite aguda, vermelhidão e inchaço do rosto. Peço à indústria de cosméticos que não espere pela legislação mas sim que tente resolver o problema, evitando assim que a situação piore”, conclui.
Esta semana serão apresentadas as conclusões dos médicos, em Conferência na Associação Britânica de Dermatologistas, em Liverpool, onde irão solicitar uma reavaliação do uso do produto químico. Por sua vez, a Sociedade Europeia de Dermatite de Contato (ESCD), solicitou à Comissão Europeia uma investigação sobre os níveis seguros do uso do MI.