A família, indignada, garante que a jovem não teria concordado com o transplante se soubesse que o dador era um homem de meia-idade, fumador cumpulsivo.
Jennifer Wederell sofria de fibrose cística desde os dois anos. Aos 20, passou a ter de receber oxigénio 24 horas por dia. Quando, depois de 18 meses em lista de espera para um transplante do pulmão, foi avisada de que tinha sido encontrado um dador, em abril de 2011 exultou. Mas a alegria e a esperança morreram em fevereiro deste ano, quando os médicos encontraram um tumor maligno nos pulmões.
“O choque transformou-se imediatamente em raiva, porque quando os riscos foram explicados, antes do transplante, em momento algum foi mencionado que seria usado o pulmão de um fumador”, indigna-se o pai, Colin Grannell.
“Ela estava a sofrer uma morte que deveria ser de outra pessoa”, afirma.
Em comunicado, a administração do hospital onde o transplante foi realizado garante que “é muito raro que os pacientes especifiquem que não querem receber pulmões saudáveis de fumadores”. “Os riscos são muito maiores se o paciente recusar um pulmão de um dador fumadores e decidir esperar por outro órgão que seja compatível e de um não-fumador”, acrescenta. No entanto, a instituição reconhece que Jennifer Wederell deveria ter tido a opção de escolher. “Pedimos desculpas sinceras”.