No norte do país, as temperaturas desceram 10 graus na última semana e, por isso, aumentou o risco de encerramento dos estabelecimentos de ensino, explicaram fontes da KEDE à agência de notícias grega AMNA.
A organização denunciou que os fundos para a manutenção das escolas foram reduzidos para metade ao que acresce um aumento de 40% ao preço do gasóleo utilizado nos sistemas de aquecimento.
A Grécia é um dos países europeus com os combustíveis mais caros da Europa, com um litro de gasolina a atingir um preço entre 1,7 e 1,9 euros.
Até ao momento, o gasóleo destinado ao aquecimento estava isento de alguns impostos, o que permitia que os preços se mantivessem em níveis acessíveis às escolas públicas.
Mesmo assim, a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) que tem a supervisão das finanças gregas, exigiu o fim do preço subsidiado do gasóleo para aquecimento.
“As novas medidas de austeridade e os cortes estão a levar os municípios, com uma precisão matemática, à bancarrota, deixando-os sem possibilidade de executar serviços e provocando a derrocada do Estado de bem-estar”, criticou a KEDE.
Nas últimas semanas, realizaram-se várias manifestações de protesto, no norte da Grécia, contra o aumento do preço do gasóleo.
Em 2011, durante o inverno, casas e escolas viram-se impossibilitadas de acionar os sistemas de aquecimento, em todo o país, devido ao preço do combustível.