A tensão na zona aumentou depois de alguns dos manifestantes terem tentado derrubar as barreiras instaladas em torno ao perímetro do edifício, onde hoje se concentra a manifestação dos mineiros que participaram na “marcha negra” de 400 quilómetros até Madrid.
Momentos antes, os manifestantes tinham lançado de forma intermitente petardos, garrafas, paus e pedras e até uma chuva de bananas sobre os agentes antimotim que estavam no local.
O centro de Madrid recebeu hoje, com milhares de pessoas e uma forte demonstração de solidariedade, os 300 mineiros que nos últimos 19 dias participaram na marcha de protesto contra cortes no setor.
“Mineiro, escuta: a tua luta é a nossa luta”, ouviu-se repetidamente, quando as lanternas iluminadas entraram na Puerta del Sol que hoje voltou a encher-se de manifestantes.
“Que viva a luta da classe operária”, gritaram muitos, com punhos no ar, ecoando pela praça, repetidamente, a palavra de ordem do protesto que os trouxe aqui: “Mineiros, mineiros”.