Numa entrevista à rádio colombiana W, a prostituta, Dania Londono Suarez, contou que passou cinco horas num quarto de um hotel em Cartagena com um agente norte-americano e que poderia, caso fosse uma espia, ter conseguido informação capaz de comprometer a segurança do Presidente Barack Obama.
“O homem dormiu a noite toda”, relatou. “Se eu quisesse, poderia ter tido acesso aos seus documentos, à sua carteira, à sua pasta”.
Na entrevista de 90 minutos, Dania Londono Suarez adiantou ainda que nenhum investigador dos EUA a tentou contactar, apesar de os jornalistas a terem encontrado facilmente, uma semana depois do rebentar do escândalo, levados até à sua própria casa por um taxista.
Foi este comentário em particular que, segundo o jornal britânico The Guardian, alarmou um congressista norte-americano, que está a analisar o caso. Peter King, presidente do Comité para Segurança Interna da Casa dos Representantes, divulgou já um comunicado em que se diz preocupado com o facto de os investigadores “terem sido incapazes de localizar e falar com duas das mulheres estrangeiras envolvidas”. “Pedi aos serviços secretos uma explicação para não terem conseguido encontrar esta mulher quando os media não tiveram dificuldades em fazê-lo”, acrescenta o comunicado.
Na sequência do escândalo, que envolve agentes dos serviços secretos norte-americanos e prostitutas colombianas, na semana que antecedeu a visita de Barack Obama ao país, oito homens perderam o emprego.