Mathieu M., de 17 anos, já tinha estado preso durante quatro meses, acusado de violar uma menor no sul de França. Foi libertado e regressou à escola. Apesar de ter estado sob vigilância judicial, a escola afirma não ter sido informada sobre o passado do menor.
Na última sexta-feira o corpo de Agnes, de 13 anos, foi encontrado num pinhal perto da escola que frequentava e mostrava indícios de que tinha sido violada e queimada.
Frederic Marin e Paola Marin, pais da menor, defendem que a escola, Cevenol Internacional em Chambon-sur-Lignon, foi negligente pois sabia que o passado de Mathieu envolvia “atos de agressão sexual”.
Philippe Bauwens, professor na Cevenol International, disse à rádio francesa RTL que a escola tinha sido alertada de que o jovem tinha problemas com a polícia judiciária mas não sabia de que natureza. “Não tivemos qualquer tipo de contacto com a polícia judiciária”, afirmou o professor.
O ministro do Interior francês, Claude Gueant disse à televisão TF1 que “houve uma disfunção” no caso e que a reforma do sistema de justiça para menores vai ser uma prioridade nas próximas eleições, na primavera.
Já, François Fillon, primeiro-ministro francês, explicou que nos casos mais graves em que o suspeito é menor, deve ser “colocado num centro educacional”.
Segundo informaram os media franceses Mathieu M. foi acusado de violar uma amiga de infância mas, depois de ter estado detido durante quatro meses, concluiu-se que não representava qualquer perigo.