Uma equipa da Globo visitou a gruta onde, até há bem pouco tempo, uma família de sete elementos viveu isolada do mundo. Com as cinco crianças entregues à Segurança Social, na caverna vive agora apenas o casal Rosales, a 2.600 metros de altitude.
Foi em maio passado que as autoridades colombianas fizeram o resgate das crianças – uma com três meses, outra com pouco mais de 1 ano e as outras com 5, 7 e 8 anos – que nasceram e foram criadas na gruta, tendo mesmo desenvolvido uma linguagem própria, com a qual comunicavam.
A povoação mais próxima é Turmequé, onde a Globo pode constatar a dimensão do isolamento da família Rosales, já que ninguém sabia ao certo quantas crianças viviam na gruta. “Pensava que eram só dois. Não se comunicavam, não falavam com ninguém. Era como se vivessem na selva”, explicou uma residente.Para garantir o isolamento, o senhor Rosales recebe com violência os visitantes, que apenas conseguem entrar na gruta se ele não estiver, já que a mulher mostra-se bem mais afável.
As crianças foram resgatadas maltrapilhas, com o cabelo pelos ombros, e mostraram-se muito assustadas quando, no hospital para onde foram transportadas viram uma máquina de cortar cabelo e uma televisão.