As três caixas que continham cabeças humanas foram encontradas no departamento de carga do aeroporto em Little Rock, no Arkansas. Não estavam devidamente identificadas e tinham como destino uma instituição de investigação médica, a Medtronic Inc, em Forth Worth, Texas.
Segundo um porta-voz da Medtronic Inc, as cabeças seriam usadas na formação de neurocirurgiões que estudam doenças dos ouvidos, garganta e nariz.
Depois de encontrarem as cabeças, os funcionários chamaram as autoridades que levaram o achado para o instituto de médico-legal da região.
Segundo a SIC, Garland Camper, médico legista que analisou o carregamento, disse que as caixas “eram contentores de plástico com tampas que não estavam seladas em vácuo. Tinham apenas fita-cola e muito pouca informação sobre o que se encontrava no interior”. Confessou também que há falta de documentação sobre a origem e destino daqueles órgãos humanos. “Temos de ter a certeza de que não se trata de tráfico de órgãos para o mercado negro”, receou ainda.
A Southwest Airlines caracteriza o acontecimento como um problema burocrático. Em comunicado no seu site, a companhia declarou que “embora seja comum o transporte de órgãos humanos para fins médicos, um cliente de longa data tentou que fosse feito o transporte do carregamento sem seguir as regras de rotulagem e embalagem, declarando o conteúdo de forma clara”.