Controlador de tráfego aéreo há 10 anos, Patrick Harten tem sido também elogiado pela forma como lidou com o incidente de 15 de Janeiro, demonstrando sangue frio e mostrando ao piloto do voo 1549 as opções que tinha. Harten ainda tratou de libertar outro aeroporto para uma possível aterragem de emergência.
O profissional diz, no entanto, que “a parte mais difícil e mais traumática foi quando já tudo tinha terminado”. “Durante a emergência propriamente dita, estava super-focado. Não tinha outra hipótese que não a de pensar e agir rapidamente e ter calma”.
“Mesmo depois de saber a verdade [que a amaragem tinha corrido na perfeição], não conseguia tirar a imagem da tragédia da minha cabeça”, conta Harten, segundo a CNN.
O controlador recorda que tinha dado ao voo 1549 instruções para subir 15 mil pés e logo após virou a atenção para outro avião. Quando voltou a contactar o voo de Sullenberger, este avisou-o que tinha perdido potência nos dois motores devido a um ataque de pássaros e que precisava voltar para o aeroporto de LaGuardia para uma aterragem de emergência.
Harten conta que quando o piloto lhe disse que não conseguia chegar a terra e que ia amarar no Hudson, lhe pediu para repetir. “As pessoas não sobrevivem a amaragens no rio Hudsom. Pensei que era a sua sentença de morte. Acreditei que seria a última pessoa a falar com alguém daquele avião”.