Quando faleceu, em 2017, Américo Amorim deixou um império avaliado em cerca de quatro mil milhões de euros à mulher, Fernanda, e às suas três filhas, Paula, Marta e Luísa. Atualmente, é Paula, a mais velha das irmãs, quem lidera os negócios principais, que não param de crescer, como a participação na Galp Energia. Marta dedica-se à área financeira e Luísa aos vinhos, hotelaria e turismo na Quinta Nova, no Douro.
Américo foi o quinto de oito filhos nascidos numa família de Mozelos, Santa Maria da Feira, que desde há três gerações se dedicava na Amorim & Irmãos ao fabrico manual de rolhas de cortiça para as garrafas de vinho do Porto. Aos 19 anos, tendo frequentado o curso comercial da Escola Académica do Porto, começou a trabalhar na fábrica, tal como três dos irmãos. Com um bilhete de comboio na carteira, uma gravata no bolso e umas amostras de rolhas na pasta, foi à procura de novos clientes nos países do Leste e na União Soviética ainda no tempo da Cortina de Ferro, seguindo-se a América latina. Quando voltou a Portugal, encarou com outros olhos o negócio familiar e fundou, em 1963, com os três irmãos e um tio, a Corticeira Amorim, vocacionada para o fabrico de aglomerados de cortiça a partir dos desperdícios das rolhas.
4 129 milhões de euros
Apesar de o grosso da fortuna estar do lado das herdeiras de Américo Amorim, Fernanda e as filhas, Paula, Marta e Luísa, com 3 562 milhões de euros, sendo a principal fonte de receita a participação na Galp Energia, o seu tio António tem um património avaliado em 567 milhões