Nuno Artur Silva falava na conferência parlamentar “RTP — O futuro do serviço público de rádio e televisão”, que está a decorrer no parlamento.
“Temos a noção que a RTP precisa de mais financiamento para cumprir melhor esta missão”, afirmou o secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, referindo que há “unanimidade” sobre este tema, desde os trabalhadores da empresa à produção independente, entre outros.
Relembrou que “o custo” da estação pública, quando comparada com congéneres europeias, “é quatro a cinco vezes inferior à média”.
Nuno Artur Silva salientou ainda que a RTP “é hoje cada vez mais o conjunto dos seus canais”.
Relativamente à possibilidade de um canal infantil, o governante referiu que “aquilo que as comunidades portuguesas no estrangeiro mais pedem” é que haja conteúdos em língua portuguesa para crianças, porque de outra maneira, os seus filhos perdem contacto com a língua portuguesa.
“É um instrumento” para a continuação da língua portuguesa, “não se esgota nisto”, mas é importante em termos estratégicos, considerou.
Sobre o futuro da TDT, um “instrumento de coesão social”, recordou que foi criado um grupo de trabalho para o efeito.
A televisão digital terrestre (TDT), cujo contrato com a Altice termina em dezembro de 2023, tem “um custo significativo para a RTP”, apontou.
Se todos os canais da RTP ficarem na plataforma TDT, o custo irá aumentar.
O grupo de trabalho está estudar “possíveis soluções alternativas, ou não, para um contrato que termina em 2023, referiu, salientando que tem que continuar a haver serviço gratuito de televisão.
ALU // JNM