O meu nome é Bezos, Jeff Bezos. O homem mais rico do mundo acabou de encher a sua sala de cinema com todos os martinis que seja capaz de beber e Aston Martins que consiga conduzir. A Amazon comprou o estúdio MGM por 8,45 mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros), a segunda aquisição mais cara da história da empresa. A oferta milionária surge dias depois de ter sido anunciada uma megafusão de 35 mil milhões de euros entre a Warner/HBO e a Discovery. Os dois negócios são as mais recentes salvas de canhão na guerra pelo controlo do universo do streaming e mostram um setor que entrou numa nova fase de consolidação.
A Amazon já tinha criado uma divisão de produção de séries (Transparent, The Marvelous Mrs. Maisel) e filmes (Manchester by the Sea), e comprara os direitos para uma nova série baseada em O Senhor dos Anéis, que se deve estrear ainda este ano e pode acabar por ser a mais cara de sempre. Se a aposta financeira já existia, a sua biblioteca de originais era ainda muito limitada, quando comparada com a Netflix ou a Disney. Isto porque o gigante do comércio eletrónico só detém 3% dos conteúdos que disponibiliza na sua plataforma. E o número relativamente elevado de subscritores que acumulou deve-se, em parte, a pessoas que simplesmente querem ter direito a entregas gratuitas.