Depois da fusão com a EMEF no final do ano passado – que fez regressar à casa-mãe as competências de manutenção e reparação do material circulante –, a CP – Comboios de Portugal está a acertar agulhas com uma reorganização interna.
A partir desta semana a empresa de transporte ferroviário passa a estar dividida em duas direções – a de operações e comercial e a de manutenção e engenharia (onde se integrarão as competências da EMEF). Esta divisão deverá permitir concentrar esforços na reabilitação e recuperação de carruagens e locomotivas, além das competências de limpeza e da gestão do património.
Segundo conta o “Público” esta terça-feira, 14 de janeiro, a CP deixa também de estar internamente dividida por áreas de negócio, passando a ficar segmentada em regiões. Assim, em vez de organizada pela prestação do serviço regional, de longo curso (intercidades e alfa pendular) e Lisboa e Porto (urbanos), passa a responder a quatro áreas geográficas (Norte, Centro, Lisboa e Sul).
A estabilização e credibilização da empresa é, segundo a publicação, a prioridade do presidente da CP – Nuno Freitas, escolhido para o cargo em julho do ano passado, depois de meses de atrasos e cancelamentos que levaram o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a pedir desculpa aos portugueses. A nova etapa da CP, que amanhã inaugura a reabertura das oficinas de Guifões, fica também marcada pelo rejuvenescimento dos quadros e mais mulheres nos cargos de direção, escreve a publicação.
Em paralelo, a CP está a preparar-se para a possibilidade de regressar ao negócio de transporte de mercadorias (depois de ter vendido a CP Carga à Medway), perante a oferta insuficiente e as queixas das empresas de que estão a ser praticados preços demasiados elevados, num mercado onde também opera a Takargo.