A assembleia-geral de participantes da Herdade da Comporta aprovou hoje a venda dos ativos da propriedade ao consórcio Amorim/Vanguard, revelou à Lusa fonte do agrupamento.
“A aprovação pela assembleia-geral de participantes da venda dos ativos da Herdade da Comporta ao consórcio em que estamos, ao lado da Vanguard Properties, é um passo decisivo num longo processo em que nos envolvemos com empenho e sentido de responsabilidade”, afirmou em comunicado a empresária Paula Amorim.
Paula Amorim referiu que o consórcio que integra “acredita no potencial da Comporta” e do país “enquanto destino residencial e de turismo de qualidade” e na “capacidade empreendedora para a desenvolver”, assim como num “modelo de desenvolvimento que garanta a sustentabilidade da região, crie emprego, traga mais abertura a outras pessoas e realidades, investimento de qualidade e qualifique os espaços públicos”.
Em 28 de outubro, a Gesfimo, entidade gestora da Herdade da Comporta, assinou um “contrato promessa de compra e venda” da propriedade com o consórcio Amorim/Vanguard.
“A Gesfimo — Espírito Santo Irmãos Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, SA, na qualidade de entidade gestora do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado, informa que assinou com o consórcio constituído pela Amorim Luxury SA e Port Noir Investments SARL [mais conhecido por Vanguard Properties], um contrato promessa de compra e venda de ativos que integram o património do fundo, no âmbito de um processo de venda assessorado pela Deloitte”, segundo o comunicado divulgado na altura.
O consórcio Amorim/Vanguard terá sido o único a entregar uma proposta à compra da Herdade da Comporta, no dia 20 de setembro. Pelo contrário, a aliança Victor de Broglie e Global Asset Capital (GAC) acabou por não avançar, como já tinha dado a entender.
O grupo Oakvest, Portugália e Sabina, que inicialmente venceu um concurso lançado em maio, já tinha comunicado que não estava disponível para entrar neste novo procedimento.
A venda da Herdade da Comporta, nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola, foi decidida há cerca de três anos, após o colapso financeiro do GES — Grupo Espírito Santo.
A Herdade da Comporta já fez parte da então Companhia das Lezírias do Tejo e do Sado, tendo sido vendida à empresa britânica The Atlantic Company, em 1925, e depois comprada, em 1955, pela família Espírito Santo.
Lusa