A operação foi concertada com o BPI, disse à Lusa fonte do banco espanhol, e está condicionada autorização das entidades reguladoras dos dois países e do levantamento de uma restrição sobre os direitos de voto do Caixabank no banco português.
Atualmente, o Caixabank detém 44,1 por cento do capital do BPI mas tem apenas 20 por cento dos direitos de voto, devido a normas internas do banco português.
De acordo com a mesma fonte do banco catalão, a intenção seria aumentar o capital para pelo menos 50,01 por cento, com o respetivo aumento dos direitos de voto.
O Caixabank já tinha anunciado que está interessado na aquisição do Novo Banco – através do BPI. A fonte oficial ouvida pela Lusa reiterou essa possibilidade, mas afirmou que “mesmo sem Novo Banco esta operação seria iniciada”.
“Caso se avance para o Novo Banco, o BPI vai precisar de apoio materializado em capital. é normal que o Caixabank queira o controlo numa operação desta tipo”, sublinhou.
O jornal espanhol El País noticiou que o CaixaBank apresentará hoje uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre 100% do capital do banco português BPI, citando fontes do mercado.
Segundo o jornal, o banco espanhol já tinha comprado cinco bancos desde 2010 (Caixa Girona, Bankpyme, Banca Cívica, Banco de Valencia e o negócio do Barclays em Espanha) e prepara-se agora para adquirir o sexto, desta vez fora de Espanha.
“A entidade presidida por Isidro Fainé, que pretende pagar em dinheiro, tornar-se-ia assim no quarto maior banco de Portugal, a controlar uma instituição com 42.600 milhões em ativos”, refere o jornal espanhol.