Nuno Mangas: “Um Politécnico de referência”
Leiria e em particular o Instituto Politécnico são a segunda paragem do ciclo de debates Mês da Transparência, organizado pela VISÃO em parceria com instituições de ensino superior. O mote do encontro desta segunda-feira, 19, é: Impostos – A inevitabilidade do sufoco fiscal?“. Licenciado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade de Coimbra e doutorado em Ciências da Educação pela Universidad de Extremadura, em Espanha, Nuno Mangas, 47 anos, presidente do Instituto Politécnico de Leiria desde outubro de 2009, considera este debate “uma mais-valia” para todos.
Lisboa, Porto e Coimbra recebem também debates da VISÃO. Porque acha que Leiria foi escolhida?Penso que se deve a um conjunto de fatores entre os quais termos um tecido empresarial bastante dinâmico e fortemente internacionalizado. Para além disso, a localização de Leiria, a existência de um Politécnico de referência e com uma forte ligação à sua região são fortes motivos.
Como recebeu o convite para o IPL ser anfitrião deste segundo debate do Mês da Transparência?
Com satisfação, naturalmente.
A parceria entre a VISÃO e o IPL ajuda a dar mais visibilidade ao Politécnico e à cidade de Leiria? Em que medida?
Claro que sim. O tema do debate é muito pertinente e julgo que a realização deste tipo de debates de âmbito e projeção nacionais é uma mais-valia para toda a região de Leiria. Sem dúvida que a parceria é um aspeto importante, mas o essencial é o debate, a partilha de conhecimento e o cruzamento de pontos de vista sobre temas importantes.
Considera importante a discussão de assuntos da área da Economia junto dos estudantes universitários?
Muito importante. A discussão vai envolver as empresas, a sociedade civil e a academia, em particular, os seus estudantes e professores. Os nossos estudantes vão ter a oportunidade de vivenciar um debate único sobre um tema muito pertinente e atual. A sua participação neste tipo de debates enriquece a sua formação e torna-a mais completa.
Apoia a iniciativa da VISÃO de integrar os alunos de Comunicação Social na cobertura do debate?
Este foi desde logo um ponto de partida. O envolvimento dos nossos estudantes da licenciatura em Comunicação Social é uma ótima contribuição e estou certo que será uma experiência inesquecível com a qual vão aprender bastante.
Pedro Camacho: Debater, ouvir, esclarecer
Para o responsável da revista, Pedro Camacho, 52 anos, o objetivo do Mês da Transparência é pôr os mais jovens a discutir os problemas do país
Como surgiu a ideia de criar o Mês da Transparência?
Consideramos que há temas importantes e centrais na vida portuguesa e dos quais as pessoas em bom rigor conhecem pouco embora sejam coisas que mexem muito com a sua vida. Identificámos quatro desses grandes temas: a dívida pública, os impostos, a Justiça e a banca.
Qual é o objetivo dos debates organizados em parceria com instituições de ensino superior?
Queremos dar informação às pessoas. Portanto decidimos publicar estes dossiês na revista, realizando de seguida um debate. Estes são organizados com o ensino superior porque achamos que é um público interessado e interessante mas o convite é aberto a todos. A ideia é dar informação, explicar o que é complexo passando-o para uma linguagem simples e ouvir opiniões divergentes sobre os problemas e sobre as suas soluções. A ligação às universidades é algo que deveria existir mais na sociedade portuguesa. Tratando-se de assuntos importantes para o país, fazia sentido que estes debates fossem feitos nas sedes do conhecimento.
Como foi a reação do público à primeira sessão de debates, na Faculdade de Direito de Lisboa?
Começámos com este programa agora, ainda não temos feedback. Esperamos que seja bom. Na sociedade portuguesa, seguramente não por culpa dos jovens, há um distanciamento crescente dos mais novos face aos problemas do país. Se conseguirmos que mais jovens se interessassem pelas questões do país e do nosso futuro coletivo ficaríamos muito satisfeitos.
O que espera do debate sobre impostos, na segunda-feira, 19, no Instituto Politécnico de Leiria?
Que tenhamos contribuído para que exista mais transparência no debate de questões importantes para o país. Além do debate, na revista VISÃO, semanalmente, publicamos um dossiê sobre os temas. E damos feedback dos debates, quer na revista, quer no nosso site. Esperamos que no final o nosso público fique mais informado e possa formar a sua opinião.
Acha que esta iniciativa trará mais leitores para a revista Visão?
Se trouxer, ficarei muito contente. Sobretudo se houvesse um acréscimo de leitores junto das comunidades do ensino superior. Mas o papel fundamental é o de conseguir dar aos leitores uma informação interessante sobre questões importantes.
Gostaria de deixar uma mensagem para a comunidade académica do Instituto Politécnico de Leiria sobre o próximo debate?
Apareçam, venham aos debates, oiçam, coloquem questões e fiquem mais esclarecidos.