<#comment comment=”[if gte mso 9]> “O desemprego é a prova do fracasso imposto pela
troika e pelo Governo”, afirmou no Parlamento, em Junho de 2012. No ano em que saiu da liderança da CGTP-IN, a principal organização sindical do país, Manuel Carvalho da Silva continuava a ser o incansável porta-voz dos trabalhadores.
Nascido em Barcelos, em 1948, obteve o diploma do curso de montador Electricista aos 17 anos, em Braga. Interrompeu a sua actividade profissional para cumprir serviço militar em Angola, durante a guerra colonial.
De regresso a Portugal, em 1972, o então electricista começou o seu percurso junto das comissões de trabalhadores e dos sindicatos. Na Chromolit Portugal recebeu formação na área de organização no trabalho. Após ser despedido desta empresa por colocar em causa as práticas de gestão dos seus superiores, foi contratado pela multinacional Preh, no Porto, tendo pertencido à sua Comissão de Trabalhadores entre 1974 e 2011.
Quando Portugal aderiu à União Europeia, em 1986, tornou-se coordenador da Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), tornando-se mais tarde o seu primeiro secretário-geral. Neste cargo, defendeu intransigentemente os direitos dos trabalhadores. Foi o promotor, juntamente com Torres Couto, então líder da outra central sindical portuguesa, a UGT, da primeira greve geral conjunta em Portugal.
Em 2000, licenciou-se em Sociologia pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE -IUL). Sete anos depois, doutorou-se com distinção no mesmo instituto com uma dissertação intitulada “Centralidade do Trabalho e Acção Colectiva. Sindicalismo em Tempo de Globalização”. Autor de cinco livros – o último, de 2012, chama-se “Vencer o Medo – Ideias para Portugal” é também professor na Universidade Lusófona, além de investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
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