A dívida das administrações públicas deverá atingir os 127,8% do PIB em 2013, pior do que previa o Governo (122,3%) e também acima do que estimava a Comissão Europeia (123%) e o Fundo Monetário Internacional (122,9%).
De acordo com a segunda notificação dos défices excessivos, hoje enviada a Bruxelas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Governo reviu em alta a previsão da dívida das administrações públicas dos 122,3% para os 127,8% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja um agravamento de 5,5 pontos percentuais.
Para os números de 2013, o INE utiliza as previsões do Governo.
Para o ano de 2012, o INE reviu em alta as estimativas da dívida pública: na primeira notificação dos défices excessivos, enviada a Bruxelas em abril, o INE estimava que tivesse sido de 123,6% do PIB, tendo agora revisto este rácio para os 124,1%, um aumento de 0,5 pontos percentuais.
Para 2011, houve também uma revisão ligeira da estimativa: em abril, o INE apontava para que a dívida tivesse sido de 108,3% e, agora baixou a estimativa para os 108,2%.
Quanto do défice orçamental, o INE estima que tenha atingido os 10.641,2 milhões de euros em 2012, um agravamento de 45 milhões de euros em relação à primeira notificação enviada a Bruxelas, em que apontava para um défice orçamental de 10.596 milhões de euros.
Ainda em relação ao défice, o reporte do INE dá conta de uma revisão em relação aos valores de 2011. Em abril o INE apontava para um défice de 4,4% do PIB e agora revê esse valor em menos uma décima de ponto percentual para os 4,3% do PIB.