De acordo com os cálculos da Agência Lusa, com base nas declarações do líder do Fundo Monetário Internacional para a ‘troika’ em Portugal, Poul Thomsen, uma descida na TSU que valha 2% do PIB obrigaria o Governo a aprovar uma redução de oito pontos percentuais na TSU, que assim passaria de 34,75 por cento para 26,75 por cento.
Cada ponto percentual da TSU vale de receita para o Estado, através da Segurança Social, cerca de 400 milhões de euros, o que faria com que, para valer cerca de dois por cento do PIB, teria de diminuir oito pontos percentuais até perfazer 3,4 mil milhões de euros, assumindo que o PIB português ronda os 170 mil milhões de euros.
O líder do FMI para a missão da ‘troika’ em Portugal reiterou hoje que a descida da taxa social única (TSU) deve ser “agressiva” e defendeu um corte equivalente a dois por cento do produto interno bruto (PIB).
Falando a partir de Washington, numa conferência telefónica com jornalistas pelas 20:00 horas de Lisboa, Poul Thomsen reiterou que só um corte “substancial” na TSU poderá ter “impacto real na competitividade” do País.
“Nós defendemos um primeiro passo agressivo. Consideramos que um corte de dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) é apropriado”, argumentou.