Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o Governo deve estar preparado para subir novamente os impostos, concentrando-se naqueles que menos distorcem o crescimento”, tal como o IVA e os impostos sobre o património predial (IMI).
O alargamento da base tributária irá igualmente ajudar a consolidação e reduzir desequilíbrios orçamentais, refere a organização com sede em Paris.
A OCDE recomenda também o congelamento salarial na função pública e a redução da segmentação do mercado de trabalho português, cortando na proteção dos trabalhadores com contratos sem termo e aumentando a dos temporários.
Para a organização, para dinamizar a oferta de trabalho, e ao mesmo tempo garantir um apoio adequado em caso de desemprego, “Portugal deveria rever a arquitetura dos subsídios de desemprego”.
De acordo com o relatório, a atribuição do subsídio de desemprego não deveria estar relacionado com a idade do trabalhador e os montantes deveriam reduzir-se ao longo do período de desemprego para todos os trabalhadores, com vista a incentivar o regresso à vida ativa.