O presidente francês “Nicolas Sarkozy e (a chanceler alemã) Angela Merkel fizeram de saber que a França e a Alemanha não estariam de acordo com a inscrição do Luxemburgo, da Áustria e da Bélgica na lista dos paraísos fiscais”, declarou Juncker, durante uma conferência de imprensa após o primeiro dia da cimeira europeia em Bruxelas.
“A Áustria, a Bélgica e o Luxemburgo não vão figurar na lista”, acrescentou.
A Alemanha e a França mantiveram nos últimos meses uma luta contra os países que praticam o sigilo bancário na Europa, ameaçando-os com medidas retorsão.
Face à pressão, os três países referidos anunciaram uma flexibilização das suas legislações nacionais para evitarem ser colocados numa lista negra pela comunidade internacional.
Se assim não fosse figurariam nas listas negras da próxima cimeira do G20 em Londres, e da OCDE, Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE).
A Bélgica anunciou a supressão pura e simples do sigilo bancário a partir de 2010, em vez de 2011 como tinha planeado inicialmente.
Por seu lado, o Luxemburgo e a Áustria aceitaram cooperar com os outros países trocando informações bancárias no caso de suspeitas de fraude fiscal.
Estes países receberam quinta-feira o apoio da presidência checa da UE.
“Permaneço convencido de que nenhum país da UE vai figurar em qualquer lista”, disse o ministro checo das Finanças, Miroslav Kalousek.
O destino dos países europeus com sigilo bancário fora da UE, como a Suíça, o Liechtenstein ou Andorra, permanece incerto no que respeita às listas negras.
Estes paraísos fiscais estão na mira desde que crise financeira começou, levando a comunidade internacional a exigir o fim do sigilo bancário para melhorar a transparência dos mercados financeiros.