Depois de uma primeira parte equilibrada, nada fazia prever o que iria ser a segunda metade. O FC Porto marcou seis golos em pouco mais de um quarto de hora a um Benfica que foi dominado e se afundou de um modo surpreendente para o ainda campeão nacional e outra vez candidato ao título.
O FC Porto começou melhor e a criar perigo junto à baliza encarnada e esse ascendente inicial quase que foi materializado em golo por Carlo Di Benedetto aos dois minutos, na sequência de um remate de meia distância que o atacante portista desviou, acertando no poste esquerdo da baliza de Pedro Henriques.
Dois minutos depois, Pol Manrubia usou a sua velocidade para ganhar algum espaço no corredor esquerdo e rematar, obrigando o guardião portista a uma defesa atenta.
O FC Porto adiantou-se no marcador aos cinco minutos por Carlo Di Benedetto no seguimento de um ataque rápido em que o Benfica chegou sempre atrasado à bola até que esta acabou no ‘stick’ do atacante portista, que, sem oposição e com a baliza à sua disposição, abriu o marcador.
O Benfica tentou reagir e deparou-se com um FC Porto bem organizado e coeso no campo defensivo, pelo que muitas vezes a equipa ‘encarnada’ tentou a sua sorte através de remates de longe, mas sem êxito.
O empate surgiu aos 18 minutos através de José Miranda, que acelerou pela direita e daí desferiu um remate cruzado que sofreu um desvio pelo caminho e, aparentemente, surpreendeu Xavi Malián, tendo a bola entrado na baliza portista.
O intervalo chegou com as equipas empatadas, mas a história do jogo mudou de rumo logo aos três minutos da segunda parte num livre direto para o FC Porto, por alegada falta de Nil Roca, que Hélder Nunes transformou no 2-1.
Gonçalo Alves fez o 3-1 após um ataque conduzido por ele próprio e em que acabou por beneficiar de uma sobra que o deixou frente ao guardião contrário, o que lhe permitiu atirar e marcar o terceiro golo dos ‘dragões’.
A partir daí, o Benfica lançou-se ao ataque tentando anular a desvantagem no marcador, mas correu riscos que o FC Porto aproveitou através de contra-ataques letais que fizeram disparar o marcador a seu favor
O 4-1, por Hélder Nunes, surgiu depois de um ataque falhado pelo Benfica e que o FC Porto transformou em novo golo
Com 32 minutos, os portistas atingiram a décima falta e o Benfica beneficiou de um livre direto livre que Carlos Nícolia não soube aproveitar, confirmando uma total desinspiração.
Pouco depois, Pol Manrubia também falhou uma ocasião clara isolado diante de Xavi Malián e a seguir o ex-benfiquista Edu Lamas ampliou a vantagem portista na conclusão de mais um rápido contra-ataque e elevou a contagem para 5-1.
Nessa altura, o Benfica era já uma equipa descrente e sem norte e o FC Porto transpirava confiança, o que lhe permitiu fazer o 6-1, por Hélder Nunes, após novo contra-ataque e depois de uma situação em que o Benfica atacava em superioridade numérica, pois Carlo di Benedetto havia caído e ficado para trás.
Com a vitória mais do que garantida a dez minutos do fim, o FC Porto ainda chegou ao 7-1 num lance em que Ezequiel Mena, determinado, correu o ringue quase todo e bateu o desprotegido Pedro Henriques.
O Benfica perdeu, assim, pela segunda vez consecutiva fora de casa, depois do desaire em Valongo (3-2), e ocupa o quarto lugar da classificação geral, com 32 pontos, menos sete do que o FC Porto, terceiro classificado, e menos 11 do que o Sporting, líder isolado do campeonato.
Jogo realizado no Dragão Arena, no Porto.
FC Porto – Benfica, 7-1.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
1-0, Carlo Di Benedetto, 05 minutos.
1-1, José Miranda, 18.
2-1, Hélder Nunes, 28 (livre direto).
3-1, Gonçalo Alves, 30.
4-1, Hélder Nunes, 33.
5-1, Edu Lamas, 35.
6-1, Hélder Nunes, 39.
7-1, Diogo Barata, 44.
Com arbitragem de Joaquim Pinto, Fernando Vasconcelos e Victor Gachineiro, as equipas alinharam:
– FC Porto: Xavi Malián, Edu Lamas, Hélder Nunes, Gonçalo Alves e Carlo di Benedetto. Jogaram ainda: Ezequiel Mena, Rafa, Telmo Pinto e Diogo Barata.
Treinador: Ricardo Ares.
– Benfica: Pedro Henriques, Nil Roca, Roberto di Benedetto, Pol Manrubia, Lucas Ordoñez. Jogaram ainda: Gonçalo Pinto, Carlos Nicolia, José Miranda e Diogo Rafaeal..
Treinador: Nuno Resende.
Assistência: cerca de 2.200 espetadores.
AYM // NFO