Era grande a expectativa, naquela segunda-feira, 28 de setembro, à porta da sede de candidatura de João Noronha Lopes, para os lados da Junqueira, em Lisboa, paredes-meias com o antigo Campo das Salésias. Curiosos, jornalistas e repórteres de imagem esperavam pela chegada do “convidado-surpresa” do candidato à presidência do Benfica. “Eh, pá! O Cavani cortou o cabelo!”, exclamou alguém, assim que viu sair do carro, não o antigo avançado do Paris Saint-Germain, que, durante semanas, foi dado como reforço certo dos encarnados, mas Vítor Paneira, antiga glória do Benfica, que ali se apresentava para dar publicamente o seu apoio ao gestor de 54 anos que decidiu desafiar Luís Filipe Vieira, há 17 anos no cargo.
Não era o ponta-de-lança uruguaio, nem o podia ser. O gracejo do apoiante surgiu exatamente porque é certo e sabido, entre o núcleo duro que rodeia Noronha Lopes, que a campanha ambicionada é muito diferente daquelas a que os adeptos do Benfica e da generalidade dos clubes portugueses estão habituados. “Não me passa pela cabeça apoiar um candidato que apareça com reforços ou investidores que ninguém sabe de onde vêm”, explica Vasco Mendonça – especialista em marketing digital e ex-comentador do programa Dia Seguinte, da SIC Notícias –, um dos estrategas de comunicação da campanha, enquanto faz uma pausa no trabalho da sua equipa, à beira da Roulote do Lopes.
Estacionada à porta do quartel-general da candidatura, a barraca de comes e bebes, verdadeira instituição para qualquer adepto de futebol em dia de jogo, surge aqui como símbolo de um dos pilares desta campanha: o apelo ao fervor clubístico dos sócios que, tal como o candidato, acompanham o clube por todo o País e no estrangeiro e querem voltar a vibrar com o sucesso desportivo. “Trazer de volta um Benfica que não construa o futuro com os vícios do passado”, explica Noronha Lopes à VISÃO. “Um clube de ambição, pela positiva, de sonho, que apareça nas páginas dos jornais pelas melhores razões. Campeão em tudo, nos resultados, na transparência e na credibilidade.” No fundo, resume o candidato, “os valores que construíram o Benfica e aos quais se tem de voltar.”
Este artigo não está disponível na íntegra no site. ASSINE AQUI e leia a edição digital da VISÃO em primeira mão.
Se JÁ É ASSINANTE da VISÃO digital, leia na aplicação a nova edição ou clique AQUI.