O selecionador português de futebol, Paulo Bento, anunciou hoje que se vai manter no cargo após o Mundial2014, independentemente do que suceder no decisivo encontro de quinta-feira frente ao Gana.
“Aconteça o que acontecer no jogo de amanhã, não me demito do cargo de selecionador nacional. Não é a minha intenção, não é a intenção da direção da Federação Portuguesa de Futebol e não é também, como é óbvio, a intenção do presidente da Federação”, disse, em declarações durante a conferência de imprensa de antevisão do jogo de quinta-feira com o Gana, da terceira jornada do grupo G do Mundial do Brasil.
O treinador assumiu-se como “único responsável pelo que se está a passar” no Brasil e pelo eventual falhanço na qualificação para os oitavos de final, mas lembrou que o âmbito do seu contrato como selecionador português ultrapassa o Mundial2014.
Para conquistar o apuramento para os oitavos de final, Portugal, último classificado, precisa não só de golear a seleção africana, como de esperar que o resultado do outro jogo do Grupo G, entre a líder Alemanha e os Estados Unidos, segundos colocados, não termine com um empate.
Profissionalismo e caráter são uma exigência
Paulo Bento exigiu hoje “profissionalismo” e “caráter” aos futebolistas da seleção portuguesa no jogo com o Gana, no qual pretende “esgotar as poucas possibilidades” que Portugal tem de se apurar para os oitavos de final do Mundial2014.
“Não se deve pedir profissionalismo e caráter. É uma exigência. Devemos esgotar as poucas possibilidades que temos no jogo de amanhã [quinta-feira]”, advertiu o selecionador português, durante a conferência de imprensa realizada no Estádio Nacional, em Brasília, palco do jogo da terceira e última jornada do Grupo G.
Paulo Bento reconheceu que a equipa lusa está numa “situação extremamente complicada”, depois da goleada sofrida na estreia frente a Alemanha, por 4-0, e do empate 2-2 concedido no domingo perante os Estados Unidos, resultados que atiraram Portugal para o último lugar do agrupamento.