“Patrick”, que esteve em competição em 2019 no festival de San Sebastian (Espanha), é sobre um jovem adulto em Paris, de quem se descobre a verdadeira identidade; Patrick é Mário, um português que tinha sido raptado e separado da família, em Portugal, aos 12 anos.
À agência Lusa, Gonçalo Waddington reconheceu as semelhanças desta ficção com a história do desaparecimento de Rui Pedro, aos 11 anos, em 1998 em Lousada, mas não era a ideia do rapto que lhe interessava contar.
“Nunca contaria a história de Rui Pedro, por uma questão de ética e de respeito. Não conseguiria”, explicou o realizador.
O rapto é apenas o pano de fundo para uma ficção sobre conflito e identidade: quem é Patrick/Mário entre a vida em Paris, o reencontro com a família em Portugal, a ligação ao homem, pedófilo, que o raptou.
O elenco é encabeçado pelo ator luso-francês Hugo Fernandes e integra ainda Teresa Sobral, Alba Baptista, Carla Maciel, Adriano Carvalho, João Pedro Benard, Raphael Tschudi e Miguel Herz-Kestranek.
Gonçalo Waddington recorda que esta temática da identidade em “Patrick” está também presente nas duas curtas-metragens anteriores que assinou: “Nenhum nome” (2010) e “Imaculado” (2013).
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