Por algum motivo Hollywood apercebeu-se do potencial da inseminação artificial nas comédias românticas. Já tínhamos visto Jeniffer Lopez embrulhada num sem numero de peripécias quando, em Plano B…ebé, à saída da clínica onde fez a inseminação encontra o homem da sua vida. Agora descobrimos Jennifer Aniston em preparos semelhantes. Ambos os argumentos são mais ou menos engenhosos, e a verdadeira questão é saber por onde é que têm de passar as personagens até se tornarem felizes para sempre.
Em A Troca, de Josh Gordon e Will Speck, diga-se, o grande papel não é o Jennifer Aniston, mas sim de Jason Bateman, que faz de amigo neurótico, com todas as deixas mais engraçadas. É demasiado amante para ser amigo e demasiado amigo para ser amante, e descontrola-se nesse limbo, nunca avançando, mas sempre impedindo toda e qualquer relação de Kassie. Até fazer a tal troca. Uma troca de frascos, que é na verdade uma troca de pai.
E aí entra o jovem actor, Thomas Robinson, que quase lhe rouba o protagonismo. O texto está feito para ele brilhar, porque é absolutamente encantadora esta criança neurótica, uma espécie de Woody Allen em ponto pequeno. A Troca não é um grande filme, mas cumpre bem o seu papel de comédia romântica através de algumas boas cenas, e a boa interpretação dos principais papéis masculinos.