Inaugurada esta noite, com discursos do Presidente da Turquia, Abdullah Guel, do ministro dos negócios estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, e do Nobel da Literatura Orhan Pamuk, a 60.ª edição da feira é pródiga em superlativos: nos vários pavilhões, que ocupam uma área de 172 mil metros quadrados, o equivalente a quase 30 campos de futebol, estarão 7500 expositores de mais de 100 países.
Além disso, são aguardados cerca de mil escritores de várias partes do mundo, não apenas para sessões de autógrafos, mas para acesos debates com o público.
A presença da Turquia como convidada de honra será um dos pontos altos do certame.
O outro ponto de grande interesse, será, mais uma vez, a caminhada triunfal do livro digital, o chamado e-book.
A Sony e a Amazon vão apresentar os seus novos aparelhos de leitura digital, que já começaram a fazer furor no mundo anglo-saxónico.
Os especialistas esperam que o e-book possa atingir uma percentagem de 15 por cento de todas as publicações na Alemanha até 2015, e sublinham que a percentagem dos livros tradicionais em papel a expor em Frankfurt já desceu para 42 por cento, enquanto os meios digitais aumentaram para cerca de 30 por cento.
A Feira do Livro será também uma plataforma de negócios de direitos de autor e de licenças, sobretudo de venda de direitos de “best-sellers”, esperando-se que o espaço reservado aos agentes literários registe uma afluência ainda maior este ano.
A Alemanha será o maior expositor, com 3300 presenças, seguida pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos da América, registando-se igualmente uma presença cada vez mais forte da da Europa de leste.
No dia do encerramento da feira, no domingo, o Grémio Livreiro Alemão distinguirá o escultor Anselm Kiefer com o Prémio da Paz, na Paulskirche (Igreja de S. Paulo), berço da unidade da Nação Alemã, em cerimónia solene a que assistirá o Presidente da República, Horst Koehler.