Após a sua saída, que aconteceu no dia 1 de Dezembro de 2014, o antigo presidente do Conselho Europeu vai receber quase 170 mil euros por ano, até dezembro de 2017, correspondentes a uma “pensão de transição”. Segundo o britânico The Telegraph, Van Rompuy vai receber também um pagamento único de mais de 25 mil euros e terá acesso a uma pensão vitalícia paga pela UE no valor de mais de 65 mil euros por ano.
Van Rompuy, ex-primeiro ministro belga, retira-se da vida política para se concentrar nos seus passatempos e regressar ao Colégio da Europa, onde ocasionalmente dava palestras.
Desde Dezembro de 2009, altura em que assumiu o cargo de presidente do Conselho Europeu, que as críticas e a controvérsia à sua postura foram uma constante.
Uma das mais acesas foi a que Nigel Farage, eurodeputado britânico, lhe dirigiu em 2010. Farage descreveu Van Rompuy como tendo o carisma de um “trapo” e por ser oriundo de um “não país”. Farage reagiu a esta compensação extraordinária atribuída a Van Rompuy pela sua saída. “Durante o seu mandato, Van Rompuy assistiu à queda de milhões de europeus atirados para o desemprego e pobreza, devido à crise na zona euro. Mas ele ganhou o jackpot”.
O custo associado à saída de Van Rompuy é apenas uma parte de uma grande parcela relacionada com a administração da UE. A fatia engloba os comissários europeus que serviram no último executivo de Bruxelas, cujo valor de “pensões de transição” anda à volta dos 35 milhões de euros.