Gostava de fazer alguns comentários que julgo pertinentes relativamente ao artigo do Sr. Prof. Freitas do Amaral de 6/5/2010, sobre a vinda do Papa Bento XVI a Portugal.
Aprecio muito o Profº e leio sempre os seus artigos, ora, entre os vários elogios que tece ao Papa Bento XVI e a todos os seus pergaminhos culturais, achei particularmente interessante a sugestão de rever o princípio do celibato dos sacerdotes católicos.
Nesta matéria, impõe-se chamar a atenção para uma importante lacuna do artigo: não faz uma única referência à Bíblia, livro orientador de toda a doutrina cristã onde se insere o catolicismo.
Quando diz que o papa não precisa recorrer a um concílio para alterar a imposição do celibato, seria oportuno referir o livro bíblico de 1 Coríntios capítulo 7 versículos 3-9 e todo o contexto, onde expressamente se diz que o casamento para além de permitido é abençoado por Deus.
Infelizmente a Igreja católica sempre preferiu e continua a preferir manter o dogma, e com isso os seus fiéis no obscurantismo.
Gostava de comentar outra das suas afirmações: faz referência à pedofilia como um problema de conjuntura, ora, e com o devido respeito que o Sr. Profº me merece, atrevo-me a dizer que que todas as confissões religiosas, todos os seus adeptos, católicos incluídos, sabem ser esse um problema estrutural, fortemente enraizado e escamoteado.
Por último concordo com o Sr. Profº FA quando diz que o Papa deve ser respeitado pois “o respeito pelo próximo é a única base possível de paz” e diria mais, é um dos principais mandamentos cristãos, logo a seguir ao principal Mandamento – amar a Deus sobre todas as coisas.
Madalena Martins
Cascais