Os professores em exercício na Região Autónoma da Madeira são os únicos funcionários da administração pública em Portugal que, neste momento, continuam sem poderem progredir na carreira. Somam, assim, 5 anos de congelamento.
Mesmo assim os professores continuam a desempenhar as suas funções com toda a superioridade, na esperança que dignifiquem a classe.
Os professores que são contratados nem sequer têm esta preocupação, porque sem estrarem na carreira não lhes assiste o direito à progressão. Garantidamente 50% dos professores em Portugal são contratados. Muitos trabalham à mais de 6 anos sem conseguir obter um vínculo. Os privadas são obrigadas a colocar no quadro da empresa os seus trabalhadores, após 5 anos de contrato, mas o estado não… Este, apenas obriga as empresas a cumprir a lei. O governo português sustenta o trabalho precário. Foi proposto pelo governo que só colocariam um funcionário por cada dois reformados mas, actualmente deve entrar um em cada sete reformas.
Temos que aceitar, são as medidas de contenção de despesa pública… O governo só pode gastar e que realmente é necessário para a evolução e sustentabilidade do país: TGV, terceira ponte sobre o Tejo, mais algumas auto-estradas, redobrar o empréstimo monetário à Grécia, oferecer o estádio de futebol à Palestina, salários elevados dos seus assessores, pedidos de pareceres, renovação da frota automóvel… Como se este dinheiro fosse deles. Gastam sem nada justificarem aos contribuintes e se alguém se lembra de abrir uma comissão de inquérito põem em causa a sua idoneidade, ofende a sua pessoa e integridade. A Nós, povo, não nos é concebido o direito de provar que somos idóneos, que sofremos ofensas, que mancham a nossa honradez todos os dias, sem sequer percebermos porquê. Que lhes motiva este tratamento? Que mal tão grave cometemos aos nossos governantes? Para o governo somos números, estatísticas, despesas, oposição, incompetência, mendicidade… Ouviu-se dizer nas últimas comemorações do 25 de Abril “quando os de baixo não querem os de cima não podem”. E houve a Revolução do 25 de Abril para, em pleno século XXI, ouvirmos estas belíssimas palavras cheias de sabedoria! O que lhes interessa são as empresas do PSI20, as cotações, volume de negócios…Talvez um dia só habitem em solo portugues as “grandes” do PSI20, os CEO e os políticos. É tudo vosso, Bom proveito!
David Gonçalves, Funchal