Elizabeth Smart, agora com 21 anos, contou como Brian Mitchell terá entrado no seu quarto numa noite de Junho de 2002.
“Ele colocou uma faca na minha garganta e disse para me levantar rápido porque, se não o fizesse, ele ia matar a minha família”, disse Elizabeth Smart numa audiência cujo objectivo era traçar o perfil psicológico do alegado raptor para determinar se ele está apto ou não para ser julgado.
De acordo com a jovem, Brian Mitchell, hoje com 55 anos, levou-a para um terreno isolado, onde tinha organizado um falso casamento, antes de a violar. Elizabeth disse que o agressor a atou a uma árvore.
“Ele disse que me matava se eu tentasse fugir”, acrescentou Elizabeth Smart.
O calvário de Elizabeth Smart, que durou nove meses, chocou os Estados Unidos e teve um grande impacto mediático, à semelhança do caso de Jaycee Lee Dugard, raptada em 1991 e sequestrada durante 18 anos na Califórnia.
Elizabeth Smart afirmou que, durante o seu cativeiro, o suspeito a obrigava a beber e drogar-se. A jovem de 21 anos descreveu Brian Mitchell como “malfeitor”, “cruel”, “manipulador”, “egoísta” e “miserável”.
O procurador federal Brett Tolman considerou que a audiência provou que Brian Mitchell pode ser julgado.
As aparições de Brian Mitchell no tribunal, ao longo dos últimos anos, foram sempre marcadas por divagações religiosas e musicais. Quinta-feira, foi expulso da sala de audiência depois de ter cantado em voz alta durante vários minutos.